Desenvolvida pela psicóloga Marsha Linehan, que também tem o diagnóstico de TPB, a DBT tem como principal objetivo auxiliar o paciente a regular suas emoções intensas e impulsos, reduzindo comportamentos disfuncionais relacionados ao seu estado de humor. Além disso, busca-se promover a confiança e validação das próprias experiências, emoções, pensamentos e comportamentos.
Um aspecto que diferencia a DBT de outros programas cognitivo-comportamentais é que ela é uma abordagem terapêutica baseada em princípios, em vez de seguir um manual de tratamento rígido. Essa abordagem é estruturada em uma hierarquia de metas terapêuticas, que são estabelecidas com base em sua importância: em primeiro lugar, bordar comportamentos suicidas e de automutilação; em seguida, trabalhar para modificar comportamentos que interferem na terapia; em terceiro lugar, eliminar comportamentos que afetam negativamente a qualidade de vida; e, por fim, desenvolver habilidades comportamentais que promovam o bem-estar geral. Essa estrutura permite uma abordagem flexível, adaptada às necessidades individuais de cada paciente.
A DBT também se mostra efetiva para:
O Transtorno da Personalidade Borderline (TPB) é caracterizado por um padrão generalizado de oscilações e hipersensibilidade nos relacionamentos interpessoais, variabilidade na autoimagem, flutuações extremas de humor e impulsividade. Estima-se que ele afete cerca de 1,7% a 3% da população mundial, representando aproximadamente 15 a 20% dos pacientes em tratamento para transtornos de saúde.
No Brasil, são registrados mais de 2.000.000 de casos por ano. Embora o TPB atinja homens e mulheres, observa-se que as mulheres buscam mais o tratamento, representando cerca de 75% dos casos nos consultórios. O TPB deve ser diagnosticado clinicamente, por orientação especializada, já que ele não possui uma origem única estabelecida e, por isso, pode muitas vezes ser confundido com o Transtorno Bipolar.
Embora não haja uma cura definitiva para o TPB, existem tratamentos disponíveis. Com o tratamento adequado, é possível alcançar a remissão dos sintomas.
De acordo com os critérios diagnósticos do Transtorno da Personalidade Borderline, segundo o DSM-5-TR, o TPB é caracterizado por um padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, autoimagem e afetos, além de impulsividade acentuada. Esses sintomas surgem no início da vida adulta e estão presentes em vários contextos. Para o diagnóstico, é necessário que a pessoa apresente cinco ou mais dos seguintes critérios: